domingo, 11 de dezembro de 2011

Acreditar


Desde o primeiro segundo, quando, como disseste, "me perdi" para te encontrar, eu acreditei que estaria a fazer algo certo na minha vida. Era tarde, já noite, eu abri-te as portas, não apenas do carro que conduzia, como da vida que tinha. Começaste a fazer-me acreditar que eras um homem especial, com a palavra como dom, com a voz da razão e da sabedoria, deveras sábia para as primaveras que contavas. Como brisa naquele verão quente, o teu cheiro tornou-me carnal naquela noite, o teu beijo parecia água para quem morria de sede e a tua pele um cobertor para o frio que me consumia até então. Foi há quatro meses e uns dias que comecei a acreditar que era homem para voltar a sentir o estômago girar, sentir o pulsar do coração na ponta dos dedos, na boca, no peito... tu parecias recuar, na verdade era para mostrar o quão misterioso poderias ser para me surpreender. Contaram-se os "encontros", os dias, as semanas somaram-se até que te chamei Amor. Acreditei que os nossos sorrisos eram só nossos, e tu começaste a acalmar aquela vontade de amar, porque por fim o Amor nasceu e amar já não era vontade mas realidade. Sentia as tuas mãos na minha perna enquanto conduzia, sentia o teu olhar na minha direcção quando estava de olhos na estrada, sentia o teu desejo e acreditava que era o nosso mundo que estava a nascer naquele caminho que percorríamos juntos. Acreditei em ti e nas conquistas, venceste e ao teu lado estava. Festejaste outra Primavera, já era Inverno, cheirava-se Natal, o que se deseja eterno. E o melhor é que acreditar não ficou no passado, hoje eu continuo a acreditar que numa sinapse podemos rever um pouco da história e perceber que a vida já não seria igual sem estarmos ao lado um do outro! Acreditar é a força que me faz Amar-te P.