segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Rascunhos.

Podia limitar-me a pedir-te desculpa... podia esperar que voltasses... podia até ignorar o teu sofrer! Podia fechar-me, fugir, matar, roubar, esquecer, deixar, fechar... podia até ajoelhar-me! Podia baixar, rastejar, humilhar-me e gritar... podia até correr! Algum destes "podia" te fez esquecer? Algum deles mudou algo? Algum deles te fez voltar ou ficar? Podia não escrever, nem sequer pensar, mas há algo que eu sei... e que não podia, mas posso... Arrepender-me! E tu, culpa, podias fazer-me desaparecer! E na tua ausência, esclarecer-me como lutar pela Luz, fazer Acreditar, fazer Brilhar! E podia até acreditar que vou conseguir... Posso?

Dançar (n)a chuva.

Era Agosto - o mês do calor e do sol, há anos pensado assim. Hoje, um Agosto mais instável nas sensações, no tacto, no olfacto, na visão e na audição. Enquanto a chuva, que cai, se Ouve fora, sobe o Cheiro a terra molhada. Os vidros da minha janela Sinto-os molhados, que quente esta água. Começo a tentar saber de ti, a procurar por ti, ansiar por ti entre cada intervalo de olhares para o exterior. Surges. Convidas-me a dançar na chuva, a dança dela, para ela e com ela, Contigo. Aceito-te e dançamos. O que esperas para estar onde eu já estou?
 

É Agosto, e hoje trouxeste-me aqui.