quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Apago a luz?


Olho a luz, vazia, no meu quarto. Fecho os olhos e esforço-me por sentir o sangue correr-me pelo corpo. Não consigo... esforço-me mais! Ouço agora o bater do meu coração... Um sinal físico de uma possível ansiedade ou inquietação, ou então, a simples funcionalidade deste organismo vivo - o Ser Humano. Temos uma facilidade quase trivial de associar às paixões as palpitações, a ansiedade, o remoer da barriga. Que ingenuidade esta de atribuir aos efeitos uma causa tão facilmente perceptível analisando os comportamentos. Sou um homem relativamente novo, todos os dias experimento algo diferente na minha vida, procuro aprender e ensinar, crescer e melhorar-me. Há 3 dias deixei de fumar! A cada segundo que passa um novo pensamento me surge na mente para esquecer a necessidade de uma substância, mas nenhum para esquecer a verdade daquilo que o sangue que me corre distribui por cada célula do meu corpo, a falta que me fazes! Será que é por ter a Luz Acesa?

O quarto ficou escuro. Apaguei a luz! Na escuridão preocupo-me em saber os limites do meu corpo, perceber o espaço em que me movo, interpretar os sons que me rodeiam, sentir o cheiro... Não entrava neste quarto há uns dias... Na verdade nos últimos tempos, é pouco o tempo que passo nele... agora tenho dois espaços (meus). Concentro-me, e vibro junto como meu pensamento e a taquicardia que me assola ao desejar os beijos, ao querer que a minha actividade alucinatória aumente para poder ver, sentir e ouvir... Sou um ingénuo que pensa na paixão como um adolescente! Será assim que deve continuar? Será que vou continuar a sentir-me assim? Confesso que na loucura e ingenuidade do Amor, eu quero continuar assim, uma Luz Apagada com a possibilidade de a Acender para te Ver!

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